Tomo a liberdade de compartilhar uma resposta que dei num post do Grupo da Fórmula do Recomeço, por entender que é a dor de muitas de nós: estamos presas a padrões de sentimentos que herdamos da nossa infância. Sobretudo, sentimentos de desamor.
Ao vivenciarmos um pai abusador e uma mãe submissa, nossa mente passa a acreditar que “isso”, esse padrão de relacionamento, é “amor”. Mesmo que a gente não goste, não ache certo, não queira isso pra gente, acaba replicando e reproduzindo o que viveu lá atrás. Pare e reflita: estaria você vivendo isso?
“Minha linda, posso fazer uma pergunta? Como era a relação entre o seu pai e a sua mãe? Você falou que sente falta de ser humilhada, e te entendo. Muitas vezes, o que vivemos na infância vive em nós ao longo dos anos. Se vimos nosso pai humilhar nossa mãe, é isso o que aprendemos que é o amor.
Quando crescemos, levamos esse padrão de pensamento, de sentimento, com a gente. Nossa criança interior acaba escolhendo um parceiro que reproduz exatamente o que vivemos na infância. Mesmo que você não gostasse, mesmo que agora esteja livre, no fundo, você tem uma sensação de que é inadequado ser feliz sem sofrer, sem ser abusada. Porque entende que amor é isso, é o homem colocando a mulher pra baixo.
Olhe para a sua infância. Feche os olhos e veja você mesma, pequenina. Então diga para si que, como criança, você não pode mudar o seu pai. A autoridade dele é maior. Mas como mulher adulta você pode escolher ser diferente. Você pode SIM escolher fazer tudo diferente. Ter um parceiro amoroso que te respeite e trate bem. Porque você já experimentou o amor ruim. Agora, pode experimentar o amor bom. Você merece.
Permita-se.
Não é errado ser amada. Não há certo e errado. Mas sei que é difícil mudar o padrão quando fomos condicionadas a pensar e sentir de um jeito. Feche os olhos. Diga a você mesma: eu vou experimentar viver um amor que seja bom pra mim.
Não se cobre. Não exija que tudo mude dentro de você do dia pra noite. Vá plantando uma sementinha dessa ideia e regando todo dia. Olhe-se no espelho, diga: “Eu mereço um amor bom pra mim”. Diga: “Pai, eu te perdoo, eu perdoo o que você fez com a minha mãe. E agradeço por ter me ensinado o que eu NÂO quero pra mim. Agora, com licença, vou ali ser feliz.”. E seja. <3
Um beijo e participe do Grupo da Fórmula do Recomeço.